domingo, 23 de novembro de 2014

Hoje devia ter sido o dia do pijama, mas não foi...

Hoje devia ter sido o dia do pijama para mim, mas não foi...foi um dia de trabalho.
Um dia de trabalho absolutamente caótico porque não parou de chover, porque perdi imenso tempo enclausurada no trânsito e porque na minha secretária está uma pilha de trabalho que vai desde planeamento de aulas a perfis de alunos. Tenho ainda pelo meio as aulas de português.
O Domingo tinha tudo para ser um dia calmo e para ser o meu dia do pijama...
O livro que trouxe da biblioteca, uma chávena de chá e umas pantufas, teria a cereja no topo do bolo... não tive!
Fica o desejo de fazer do próximo domingo o dia perfeito. 


sábado, 15 de novembro de 2014

Este post é um desabafo #2

Há dois anos quando sai de Portugal, o país tinha entrado nesta tremenda crise. Há dois anos todos vivíamos revoltados, amargurados com o futuro negro que se avizinhava pela frente: os impostos aumentavam, parte dos  ordenados  eram retirados, a taxa de desemprego  crescia e todas as conversas iam do sentido da situação que o país vivia. As pessoas viviam entre constantes desabafos e lamentações, preocupadas com o futuro e com razão. 
Passados 2 anos e a cada oito semanas que volto a Portugal, a situação do país permanece preocupante. A criação de empregos é muito inferior à expectada, não há poder de compra, não há recuperação à vista. A situação é grave  e tal como há dois anos as pessoas continuam a lamentar-se todos os dias.  Se nessa altura eu até entendia, agora não entendo. Porque há uma altura em que é preciso caminhar para a frente e lutar pelo futuro, mas muita gente desculpa-se com a crise para não fazer o seu trabalho e para empatar o trabalho dos outros. 
Parece-me que esta crise também serve de desculpa para não fazer o país andar para a frente e assim, meus amigos, não vamos lá. Temos muitas razões para estarmos preocupados, mas também é preciso fazer pela vida. 
Embora lá fora, eu vou regularmente a Portugal para investir num projecto para o meu país, porque eu quero abrir as portas para um dia lá poder voltar. Mas quem está dentro coloca entraves com a desculpa da crise e eu perco a paciência e a vontade de investir o meu tempo e o meu trabalho.